Recentemente perdi um orçamento de uma foto publicitária, para um trabalho em 3D. O 3D é excelente, ao meu ver, para trabalhos onde, por exemplo, AINDA NÃO HÁ O QUE SERÁ FEITO. Como um prédio que ainda não foi construído por exemplo!
No caso do trabalho, me disseram que não haveria como fazer aquilo com fotografia! Obviamente discordo, mas respeito a posição do cliente... Tanto que já me solicitaram trabalhos em 3D, e sempre recomento o trabalho do Daniel Mesquita, no Rio de Janeiro (dfmesquita@gmail.com). A cena, objeto, produto, etc teria que ser montado. E isso envolveria pegar um caminhão, ir até uma locação, para fazer a foto do fundo, montar no photoshop, etc, etc! Numa situação, como essa, de realizar a foto seguiríamos a referência - NÃO TAL E QUAL - mas acredito que trabalhos publicitários devem se destacar pela criatividade dos artistas envolvidos!
Depois, em casa, durante a madrugada, estava passando na TV um filme chamado Beuwolf. Uma história nórdica, para a qual o filme foi feito usando a voz de atores conhecidos, como Angelina Jolie, Russel Crowe entre outros... Mas era 100% animação! Como Toy Story, mas de gente "real".
Certamente, eles não pagaram o que pagariam se a Angelina fosse filmada, não gastariam com locações na Noruega, Suécia, etc, alimentação e deslocamento de pessoas, cachês de maquiadores, fotógrafos, câmeras, etc, etc! Um filme "barato" se pensarmos que é uma história nos padrões "Senhor dos Anéis".
O filme é médio, não é cativante. A história é boa! Mas o que faltou? Será que nosso cérebro só aceita imagens de pessoas reais? Porque eu assisti Monstros S/A, Toy story, Madagascar, e gostei muito!!!!! Mas Beuwolf...
Bom, caso seja isso mesmo, imaginemos agora THE MATRIX! Se em 50 anos, tivermos plataformas mega poderosas, com inteligência artificial, e recriarmos cenários incrivelmente REAIS, tal qual é a Matrix,como isso influenciaria o cinema e a fotografia!?
Imagina que se em vez de ir até as Maldivas, com a Gisele Bündchen, eu tivesse como montar um comercial num escritório localizado na Índia (ainda mais onde a mão de obra é mais barata, e os profissionais de informática são ótimos), criando uma modelo (como no filme SIMONE - Simulation ONE - com Al Pacino, no qual ele cria uma atriz que não existe, e ela fica famosa) mais linda que a Gisele, numa praia que não existe de verdade, sem pagar o cachê do David La Chapelle, o cachê da Gisele, todos os gastos de produção, viagem e tratamento de imagem?
É...Algo me diz que eu serei um dos últimos, ou pelo menos a penúltima geração de fotógrafos que usam esta maravilhosa arte comercialmente....
Já tive um primeiro sinal de como serão as coisas em 50 anos...
Mas será que um software, com IA, Tb de memória RAM, etc poderão interpretar o que eu senti, quando fiz a fotos dos Pretos velhos, ou as sacadas que só acontecem nas horas que estamos em campo fotografando como aconteceu nas fotos que anexei? Ficará tudo muito centralizado no "artista programador"?
Depois, em casa, durante a madrugada, estava passando na TV um filme chamado Beuwolf. Uma história nórdica, para a qual o filme foi feito usando a voz de atores conhecidos, como Angelina Jolie, Russel Crowe entre outros... Mas era 100% animação! Como Toy Story, mas de gente "real".
Certamente, eles não pagaram o que pagariam se a Angelina fosse filmada, não gastariam com locações na Noruega, Suécia, etc, alimentação e deslocamento de pessoas, cachês de maquiadores, fotógrafos, câmeras, etc, etc! Um filme "barato" se pensarmos que é uma história nos padrões "Senhor dos Anéis".
O filme é médio, não é cativante. A história é boa! Mas o que faltou? Será que nosso cérebro só aceita imagens de pessoas reais? Porque eu assisti Monstros S/A, Toy story, Madagascar, e gostei muito!!!!! Mas Beuwolf...
Bom, caso seja isso mesmo, imaginemos agora THE MATRIX! Se em 50 anos, tivermos plataformas mega poderosas, com inteligência artificial, e recriarmos cenários incrivelmente REAIS, tal qual é a Matrix,como isso influenciaria o cinema e a fotografia!?
Imagina que se em vez de ir até as Maldivas, com a Gisele Bündchen, eu tivesse como montar um comercial num escritório localizado na Índia (ainda mais onde a mão de obra é mais barata, e os profissionais de informática são ótimos), criando uma modelo (como no filme SIMONE - Simulation ONE - com Al Pacino, no qual ele cria uma atriz que não existe, e ela fica famosa) mais linda que a Gisele, numa praia que não existe de verdade, sem pagar o cachê do David La Chapelle, o cachê da Gisele, todos os gastos de produção, viagem e tratamento de imagem?
É...Algo me diz que eu serei um dos últimos, ou pelo menos a penúltima geração de fotógrafos que usam esta maravilhosa arte comercialmente....
Já tive um primeiro sinal de como serão as coisas em 50 anos...
Mas será que um software, com IA, Tb de memória RAM, etc poderão interpretar o que eu senti, quando fiz a fotos dos Pretos velhos, ou as sacadas que só acontecem nas horas que estamos em campo fotografando como aconteceu nas fotos que anexei? Ficará tudo muito centralizado no "artista programador"?
Será que uma modelo virtual, pode ter o carisma de Gisele Bündchen, que vende areia no deserto?
Será que um ator virtual pode transmitir aquela coisa mágica que o Tom Hanks passa em Forrest Gump, que nos faz chorar? Ou aquele sentimento de superioridade e medo de Al Pacino como Michael Corleone, entre tantos outros?
Teremos, no futuro, a fotografia e o cinema apenas como ferramentas JORNALÍSTICAS?? Ou será que nem isso?
Ou estas artes terão o mesmo valor comercial que a PINTURA tem hoje? Acontecerá o mesmo com a fotografia? Em que já hoje, indivíduos que fotografam com uma Hasselblad de 1968, revelam seus filmes e passam horas maravilhosas com um ampliador, são vistos como "fotógrafos românticos", "film loyalists"?
Algo me diz que sim, porque quando entra dinheiro no meio, arte geralmente leva a pior!
Será que um ator virtual pode transmitir aquela coisa mágica que o Tom Hanks passa em Forrest Gump, que nos faz chorar? Ou aquele sentimento de superioridade e medo de Al Pacino como Michael Corleone, entre tantos outros?
Teremos, no futuro, a fotografia e o cinema apenas como ferramentas JORNALÍSTICAS?? Ou será que nem isso?
Ou estas artes terão o mesmo valor comercial que a PINTURA tem hoje? Acontecerá o mesmo com a fotografia? Em que já hoje, indivíduos que fotografam com uma Hasselblad de 1968, revelam seus filmes e passam horas maravilhosas com um ampliador, são vistos como "fotógrafos românticos", "film loyalists"?
Algo me diz que sim, porque quando entra dinheiro no meio, arte geralmente leva a pior!
